terça-feira

Quarenta anos depois da invenção da pílula, muitas mulheres ainda se queixam de ganhar peso e inchar ao fazer uso do medicamento. Vamos esclarecer de uma vez: afinal.


Você notou que as suas roupas ficaram apertadas depois de iniciar a primeira cartela de pílula? Sua irmã, prima, colega de trabalho ou amiga da amiga algum dia comentou sobre esse efeito indesejável ou outro, como aumento de apetite? A probabilidade de ter ouvido queixas - ou as sentido na própria pele - sobre o método, tão popular quanto controverso, é bastante alta. Mas, como os dois lados de uma moeda, a verdade em relação ao anticoncepcional é relativa. Pílula engorda? Sim e não, muito pelo contrário. Não, não é loucura.
Depende de inúmeros fatores, alguns relativos às formulações, outros ao organismo, à forma de ministrar o comprimido pelo médico e, até mesmo, o modo como ele é tomado.

"Em medicina, um mais um não é igual a dois. Isso quer dizer que um tipo pode ser perfeito para uma paciente e péssimo para outra".

Avanços reais

Desde que foi descoberta, nos anos 60, a pílula evoluiu muito, para alívio de todas nós. Das superdoses de hormônios, que produziam uma grande lista de efeitos colaterais - sem falar nos riscos de complicações circulatórias e doenças cardiovasculares - até a nova geração de pílulas, que reduziu a quantidade dos hormônios para 10%, o dia-a-dia das usuárias do método melhorou muitíssimo. "Com a microdosagem da nova geração de contraceptivos, efeitos como edema, náusea e dor de cabeça diminuíram muito".

"Substâncias sintéticas, como a ciprosterona e a drospirenona (semelhante à progesterona produzida pelo organismo da mulher), presentes nas fórmulas de uma nova geração de anticoncepcionais aliviam os sintomas da TPM, regulam a oleosidade da pele, melhoram a textura e o brilho dos cabelos", acrescenta. Já o desogestrel, progestogênio, garante ação contraceptiva, ainda que seja tomada com até 12 horas de atraso, contra as três horas garantidas pelas fórmulas convencionais.

A drospirenona também tem leve efeito diurético; assim, ajuda na eliminação do sal e provoca menos retenção de líquidos. Vale dizer que, do ponto de vista da contracepção, essas verdadeiras pílulas da beleza equivalem às outras disponíveis.

O complô do sobrepeso

Mesmo com as conquistas alcançadas nos tubos de ensaio, os anticoncepcionais não atingiram a perfeição. As reações adversas do consumo de todas as marcas são semelhantes e incluem, em diferentes graus, dor de cabeça, dores nos seios, enjôo e dor abdominal. Além disso, a maioria das pílulas causa alguma retenção de líquido. "Ainda há dificuldade de controlar certas reações", . Mas o fato de você engordar tomando pílula se deve a um conjunto de fatores. Um deles é o aumento de apetite, comum na segunda metade da cartela. "O ciclo do anticoncepcional é dividido em duas etapas: do 1º ao 15º dia é a fase estrogênica; e do 16º em diante, a fase progesterônica, cujos hormônios se assemelham aos da gravidez. Daí a vontade acentuada de comer doce, como acontece com as gestantes", descreve a ginecologista.

Também é na segunda metade da cartela que ocorre a retenção hídrica. "A situação é agravada para mulheres que têm a resistência à insulina aumentada, pois atingem facilmente o pico da glicemia e, quando a taxa cai, vem a necessidade de comer doce. Algumas pacientes engordam de 1 kg a 1,5 kg. Depois da menstruação, e ao retomar a pílula, esse processo tende a melhorar.

Conforme a formulação, os sintomas indesejáveis podem diminuir. "Hoje as pílulas com menor dosagem hormonal são as mais usadas, por minimizarem efeitos colaterais. A palavra final, de qualquer forma, deve ser a do médico.

Escolha consciente

A máxima "cada caso é um caso" aqui cabe muito bem. Exemplo? Se você tem propensão à enxaqueca, não deve tomar drospirenona - a substância tende a causar dores de cabeça.

É possível que mulheres com histórico de hipertensão e diabetes, problemas circulatórios ou cardiopatias tenham o desenvolvimento de doenças acelerado com o uso de pílula. E há certos tipos que podem aumentar feridas preexistentes no colo do útero. O melhor a fazer, portanto, é conversar com o ginecologista. Ele analisá o seu perfil, considerando idade, hábitos de vida, hereditariedade e solicitará exames, como Papanicola u e dosagem hormonal. Eles servirão para detectar possíveis defeitos de coagulação e prevenir complicações, como tromboses e embolias. Ao final, a chance de conviver em paz com a cartela (e com a balança) aumentará.

Relógio hormonal

Todos nós, mulheres e homens, temos implantado no nosso corpo uma espécie de relógio natural, conhecido como ritmo circadiano. Ele é regido pelo hipotálamo, que controla algumas das atividades mais importantes do organismo, entre elas o sono, a temperatura corporal e a função celular. No nosso caso, o relógio que define a produção de hormônios, ou o ritmo circadiano hormonal, tem funcionamento vespertino, entre 5 h e 7 h da noite (período de mais produção hormonal).

Partindo do princípio que o anticoncepcional oral copia o modelo de funcionamento dos ovários, a forma de ingerir a pílula deve respeitar esse conjunto harmonioso de reações. Ou seja, se você tomála ainda na parte da manhã, por exemplo, está invertendo o ritmo, o que certamente contribui negativamente para o bem-estar geral do seu organismo.

domingo

Anticoncepcional Masculino


anticoncepcional masculino

Anticoncepcional Masculino

Sobre o Anticoncepcional Masculino

Para quem achava que a ‘culpa’ de engravidar é da mulher e que apenas ela que deveria preocupar-se em impedir a concepção vem aí a novidade do mercado: o anticoncepcional masculino.

Os testes já foram feitos e o anticoncepcional masculino já foi aprovado. É uma injeção que deve ser tomada todos os meses pelos homens e ela é tão eficiente quanto a pílula ou a camisinha.

Como funciona o Anticoncepcional Masculino

A injeção de anticoncepcional masculino atua da seguinte forma: enquanto o homem estiver sob efeito desse anticoncepcional a produção de espermas dele é bloqueada. Mas não precisa se assustar. O homem continuará sendo muito macho e fértil.

Assim como a mulher (que para de ovular ao tomar a pílula), o homem deixará de produzir temporariamente o esperma, mas um tempo depois de parar de tomar a injeção, tudo volta ao normal no organismo.

Eficácia do Anticoncepcional Masculino

E para comprovar a eficácia desse método é bom salientar que apenas um dentre 100 homens do teste conseguiu engravidar uma mulher enquanto estava sob o uso do anticoncepcional. Outra vantagem do anticoncepcional masculino é que o homem passa a ter mais responsabilidade sobre a gravidez e as mulheres podem ficar mais despreocupadas.

Outros testes ainda devem ser realizados antes que a injeção chegue ao mercado, já que outras tentativas de se fazer um anticoncepcional masculino traziam efeitos colaterais, como diminuição do desejo sexual e variações de humor.

Efeitos colaterais do Anticoncepcional Masculino

O anticoncepcional masculino não apresentou nenhum efeito nos homens que participaram dos testes, porém, mais de um terço dos voluntários desistiu do programa sem apresentar motivos para isso. Será que esse anticoncepcional realmente vai pegar

sábado

Como Usar A Pílula Anticoncepcional

Passo a passo:

1. Aguarde a próxima menstruação.

2. Comece a tomar o primeiro comprimido no primeiro dia de sangramento. Relacione cada drágea ao dia da semana em que ela deve ser tomada. Isso serve para lembrá-la se realmente você a tomou naquele dia.

3. Tome um comprimido todos os dias mais ou menos na mesma hora, de preferência após o café da manhã ou após o jantar.

4. Vá seguindo as setas da cartela até que esta termine.

5. Intercale uma pausa de sete dias, no qual ocorrerá um sangramento semelhante ao menstrual e recomece a tomar outra cartela, mesmo se o sangramento ainda não acabou por completo.

6. Se esquecer de tomar a pílula, pode tentar corrigir esse erro tomando o comprimido com até 8 horas de atraso do horário habitual. Se notar o esquecimento após já ter transcorrido este prazo, continue tomando as drágeas restantes excluindo a esquecida até terminar a cartela.

7. Esquecimentos, erros na administração da pílula e distúrbios gastrointestinais como diarréias e vômitos podem diminuir a eficácia contraceptiva. Nestes casos, deve-se empregar adicionalmente outros métodos contraceptivos.

Atenção:

1. Antes de começar a tomar a pílula, visite seu ginecologista e faça exames necessários para saber se você está apta a usá-la e qual a melhor pílula para você já que há a opção de vários tipos com diferentes dosagens de hormônio.

2. Motivos para interrupção imediata do uso: aparecimento de dores do tipo enxaqueca, crises de dores de cabeça mais fortes que o habitual, alterações repentinas da visão e audição. Consulte imediatamente seu médico.

3. Pílula Anticoncepcional não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Junto com a pílula use a camisinha.

quarta-feira

Métodos anticoncepcionais ou contraceptivos



Todas as mulheres e homens devem ter controle sobre quando desejam ter filhos. Não é fácil escolher entre os métodos anticoncepcionais, ou contraceptivos, já que há muitas coisas a considerar. Aprender sobre os métodos anticoncepcionais que você ou seu parceiro podem usar, e conversar com um profissional da saúde, são duas boas formas de começar.

Não há "o melhor" método anticoncepcional. Cada contraceptivo tem suas vantagens e desvantagens. Alguns métodos funcionam melhor do que outros para prevenir a gravidez. Pesquisadores estão sempre trabalhando no desenvolvimento e aprimoramento dos métodos anticoncepcionais.



Na escolha do método anticoncepcional você deve levar em conta:

Sua saúde geral.

Com que freqüência tem relações sexuais.

A quantidade de parceiros sexuais que tem.

Se deseja de ter filhos no futuro.

A eficiência de cada método em prevenir a gravidez.

Qualquer efeito colateral potencial.

O seu nível de conforto usando o método.



Tenha em mente que nenhum método anticoncepcional previne a gravidez sempre. Métodos anticoncepcionais podem falhar. Porém, você pode elevar bastante a eficiência do método anticoncepcional usando-o sempre corretamente. A única forma de ter certeza que nunca engravidará é não ter relação sexual (abstinência).



Quais são os diferentes métodos anticoncepcionais que posso usar?

Há vários métodos anticoncepcionais que a mulher pode usar. Converse com seu médico para ajudá-la a escolher qual é o melhor para você. Pode-se sempre tentar um método, e se não gostar trocá-lo por outro.

Tenha em mente que a maioria dos métodos anticoncepcionais não a protegem do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorréia, clamídia e herpes. Tirando a abstinência sexual, a melhor proteção para HIV e doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo masculino. O preservativo feminino pode oferecer alguma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. Outros métodos anticoncepcionais que envolvem usar espermicida também podem dar alguma proteção contra gonorréia e clamídia.

Tenha sempre em mente que todos os métodos anticoncepcionais que falaremos a respeito a seguir funcionam melhor se usados corretamente. Certifique-se que sabe a forma correta de usá-los. Converse com seu médico e não fique envergonhada de perguntar se tiver dúvidas.



Abaixo está uma relação de métodos anticoncepcionais com estimativa de eficiência:

Abstinência contínua - Significa nunca ter intercurso sexual. É o único método com 100% de eficiência para evitar a gravidez.

Abstinência periódica e métodos de consciência dos dias férteis - A mulher com um ciclo menstrual regular tem por mês em torno de 9 ou mais dias férteis, ou dias nos quais ela pode ficar grávida. Abstinência periódica, popularmente conhecia como método da tabelinha, significa não ter relação sexual nos dias que pode estar fértil. Em métodos de consciência dos dias férteis pode-se ter relação sexual no período fértil, porém usando métodos anticoncepcionais de "barreira", os quais impedem o esperma de alcançar o ovo. Esses métodos incluem preservativos, diafragmas ou capuz cervical; usados juntamente com espermicidas. Esses métodos têm eficiência entre 75-99% na prevenção da gravidez.

Preservativo masculino - Esse método é classificado como de barreira, porque coloca um bloqueio, ou barreira, que impede o esperma alcançar o ovo. Preservativo masculino, popularmente conhecido como camisinha, tem entre 86-98% de eficiência na prevenção da gravidez. Lubrificantes à base de óleo, como óleos de massagem, óleos para bebês e loções enfraquecem o preservativo que pode romper. Sempre mantenha os preservativos fora do calor e umidade. Pesquise preços de preservativos masculinos

Contraceptivos orais ou pílula anticoncepcional - Contraceptivos orais, popularmente chamados de pílula anticoncepcional, contêm hormônios estrogênio e progestina. A pílula é tomada diariamente para impedir a liberação dos ovos do ovário. Isso também ameniza o fluxo durante a menstruação e protege contra doenças inflamatórias pélvicas, câncer de ovário e câncer endometrial. Por outro lado, a pílula aumenta o risco de doença cardíaca, incluindo pressão alta, coágulos sanguíneos e obstrução de artérias. Se você tem mais de 35 anos e fuma, ou tem histórico de coágulos sanguíneos ou câncer de mama ou endometrial, seu médico a pode aconselhar a não usar pílula anticoncepcional. Se usada corretamente, a pílula tem entre 95-99,9% de eficiência na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas.

Mini-pílula - Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina, e não estrogênio mais progestina. Tomada diariamente, a mini-pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o ovo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero. A mini-pílula ainda diminui o fluxo da menstruação e protege contra câncer endometrial e de ovário. Mulheres amamentando podem usar a mini-pílula porque ela não afeta o suprimento de leite. A mini-pílula é uma boa opção para mulheres que não podem tomar estrogênio ou que têm risco de coágulos sanguíneos. Se usada corretamente, a eficiência da mini-pílula é de 95-99,9% na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas.

DIU T de cobre - DIU é um pequeno dispositivo em forma de T. Seu médico o coloca dentro do útero. Os braços do DIU de cobre em forma de T contêm algum cobre, o que interrompe a fertilização ao prevenir que o esperma passe pelo útero em direção ao tubos de falópio. Se a fertilização ocorrer, o DIU pode prevenir o ovo fertilizado implantar-se no revestimento do útero. O DIU T de cobre pode ficar no seu útero por até 10 anos. Ele não a protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Esse DIU é 99% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema.

DIU Progestasert (dispositivo intra-uterino) - Esse DIU é um pequeno plástico em forma de T que é colocado dentro do útero por um médico. Ele contém o hormônio progesterona, o mesmo produzido pelo ovário durante o ciclo menstrual. A progesterona faz com que o muco cervical fique espesso, de modo que o esperma não consegue alcançar o ovo, e o ovo fertilizado fica impedido de implantar-se dentro do revestimento do útero. O DIU Progestasert pode ficar no útero por um ano. Esse DIU é 98% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema.



Preservativo feminino - Usado pela mulher, esse método de "barreira" impede o esperma de entrar no seu corpo. Ele é feito de poliuretano, tem lubrificante e pode oferecer proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo feminino pode ser colocado até 8 horas antes do intercurso sexual. Esse método anticoncepcional tem entre 75-95% de eficiência na prevenção da gravidez.

Implante (Norplant and Norplant 2) - Esse produto consiste de cápsulas pequenas e finas que são colocadas abaixo da pele. Essas cápsulas liberam uma quantidade constante e bem pequena de um esteróide que previne a gravidez por até 5 anos. As cápsulas podem ser removidas a qualquer momento, e então você poderá ficar grávida. Esse método anticoncepcional tem 99,8% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar se não está havendo nenhum problema.

Depo-Provera - Nesse método anticoncepcional a mulher toma injeções do hormônio progetina nas nádegas ou braço a cada 3 meses. Esse método anticoncepcional tem 99,7% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar se não está havendo nenhum problema. O uso prolongado pode ocasionar perda significativa na densidade óssea. Mulheres só devem usar esse método por longos períodos se todas as outras opções forem inadequadas.

Diafragma e capuz cervical - Esses são métodos anticoncepcionais de "barreira", onde o esperma é impedido de alcançar o ovo. O diafragma é moldado como uma taça rasa de latex. O capuz cervical é um dispositivo de latex em forma de dedal. Ambos têm tamanhos variados e você precisa de assistência profissional para escolher o que melhor se encaixa. Antes da relação sexual você os usa com espermicida colocando-os dentro da vagina para tampar seu cervix (colo do útero). Você pode comprar espermicidas em farmácias. Os espermicidas também ajudarão a protege-la contra gonorréia e clamídia se tiverem nonoxynol-9. Algumas mulheres podem ser sensíveis ao nonoxynol-9 e precisam usar espermicidas que não o contém. O diafragma tem eficiência entre 80-94% na prevenção da gravidez. Já o capuz cervical tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães. Esses métodos requerem visita ao médico para verificar qual produto tem o melhor encaixe.

Adesivo Ortho Evra - Esse é um adesivo de pele que libera hormônios progestina e estrogênio na circulação sanguínea. Coloca-se um novo adesivo a cada semana por três semanas e então não o usa durante a quarta semana para ter a menstruação. O adesivo é 99% eficiente na prevenção da gravidez, porém parece ter a eficácia reduzida em mulheres que pesam mais de 90kg. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se você não está tendo problemas.

Anel vaginal contraceptivo hormonal (NuvaRing) - NuvaRing é um anel que libera os hormônios progestina e estrogênio. Você aperta o anel entre o polegar e o dedo indicador e o insere na vagina. Usa-se o anel por três semanas, remove-se na quarta semana para a menstruação e então cola-se novamente. O anel tem eficiência entre 98-99% na prevenção da gravidez. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se você não está tendo problemas.

Esterilização cirúrgica (ligação de trompas ou vasectomia) - Esses métodos cirúrgicos são para pessoas que querem um método anticoncepcional definitivo. Em outras palavras, nunca quiseram ser pais ou não desejam ter mais filhos. A ligação de trompa é feita na mulher para impedir que os ovos desçam ao útero onde são fertilizados. No homem a vasectomia impede que o esperma vá até o pênis, de modo que a ejaculação não tenha espermatozóides. Esses métodos tem eficiência ente 99-99,5% na prevenção da gravidez.

Contracepção de emergência - Esse não é e nunca deve ser usado como um método contraceptivo regular. Contracepção de emergência é usada para impedir que a mulher fique grávida quando teve intercurso vaginal sem usar nenhum método anticoncepcional ou quando o anticoncepcional tenha falhado (como o preservativo rompido). A contracepção de emergência consiste em tomar, até 3 dias depois da relação sexual, duas doses de pílulas hormonais com intervalo de 12 horas entre elas. Esse método as vezes é chamado de "pílula do dia seguinte". As pílulas têm eficiência de 75-89% na prevenção da gravidez. Outro tipo de contracepção de emergência é a colocação de DIU T de cobre no útero até sete dias depois da relação sexual. Esse método tem eficiência de 99% na prevenção da gravidez. Você precisa visitar seu médico para prescrição desses métodos e verificar se você não está tendo problemas.

Há alguma forma de gel que posso usar para evitar a gravidez?

Você pode comprar espermicidas em farmácias e drogarias. Os espermicidas agem matando os espermatozóides e pode ter diversas formas: gel, creme, tablete, etc. Eles são colocados na vagina não mais que 1 hora antes do intercurso sexual e deixados lá por pelo menos 6 a 8 horas depois. Você terá maior proteção contra a gravidez se usar o espermicida juntamente com preservativo, diafragma ou capuz cervical. Há espermicidas feitos especificamente para serem usados com o diafragma e capuz cervical. Cheque a embalagem para verificar se está comprando o que precisa.

Todos os espermicidas têm químicos que matam os espermatozóides. Alguns espermicidas também têm nonoxynol-9, o qual a pode proteger de gonorréia e clamídia, mas não do vírus HIV. Algumas mulheres são sensíveis ao nonoxynol-9 e devem usar espermicidas que não contêm essa substância. Espermicidas usados sozinhos tem 74% de eficiência na prevenção da gravidez.

Qual é a eficiência do coito interrompido?

O coito interrompido não é um método anticoncepcional eficiente. Ele consiste em remover o pênis da vagina antes da ejaculação. Isso impediria o esperma de alcançar o ovo. Entretanto, pode ser difícil para o homem remover o pênis da vagina antes da ejaculação e isso requer muito auto-controle. Mesmo que o homem não ejacule na vagina, ainda assim há o risco de ocorrer a gravidez. Quando o pênis fica ereto pode haver fluido no topo do pênis que contém esperma. Esse esperma pode engravidar a mulher.

Anticoncepcionais Orais - Mitos, Verdades e Recomendações


Métodos contraceptivos


A Pílula - como são popularmente conhecidos os contraceptivos orais - possivelmente é o método de contracepção mais comum no mundo: calcula-se que nada menos que 90 milhões de mulheres no mundo todo façam uso da Pílula! Os anticoncepcionais atuam evitando que ocorra a ovulação - liberação de óvulo pelos ovários, que se dá por volta do 14º dia do ciclo menstrual.

Com esse número de usuárias, não é de se espantar que os anticoncepcionais orais (ou, abreviando, ACOs), façam parte do seleto grupo de medicamentos mais exaustivamente pesquisados desde o seu surgimento, há cerca de 35 anos.

Apesar de nenhum método contraceptivo ser isento de riscos, estes tendem a ser mínimos e contrabalançados pelos benefícios. Um bom acompanhamento médico pode ajudar a reduzir os riscos em potenciais durante o uso.

Em março de 1996, um grupo de pesquisadores internacionais reuniu-se para desenvolver um consenso quanto aos parâmetros essenciais no acompanhamento das mulheres em uso de contraceptivos orais. Decidiram que deve-se (1) prestar atenção especial aos antecedentes pessoais e familiais de doenças e riscos cardiovasculares das pacientes e (2) realizar aferições regulares da pressão arterial, uma vez que complicações cardíacas (infarte) e vasculares (tromboembolismo venoso) sabidamente relacionam-se ao uso da Pílula.

15 Perguntas e Respostas para Mitos Freqüentes Envolvendo a Pílula

Pílula engorda? Dá varizes? Prejudica a pele e os cabelos? Piora o humor? As dúvidas são tantas que muitas vezes é difícil separar os fatos dos mitos. A seguir, apresentamos algumas das questões mais comuns envolvendo a Pílula:

01 - Parar de tomar pílula pode causar acne.
Verdade. Os androgênios (hormônios masculinizantes) têm sido implicados na etiologia da
acne vulgar, possivelmente por intensificar a hiperceratose folicular. Os ACOs reduzem os níveis sangüíneos de androgênios e, dessa forma, podem colaborar para diminuir a gravidade da acne. Por outro lado, com não existem verdades absolutas na medicina, em algumas raras mulheres a acne pode ser umefeito colateralda pílula.

02 - Alguns remédios podem anular o efeito do anticoncepcional.
Verdade. Sabe-se que a ampicilina, por exemplo, um antibiótico bastante comum e utilizado no tratamento de infecções urinárias, faringo-amigdalites e pneumonias, entre outros, pode reduzir a eficácia dos ACOs. Ainda, várias drogas anti-convulsivantes (utilizadas no tratamento de diversas formas de epilepsia) podem diminuir a eficácia dos anticoncepcionais orais. Nesses casos, a mulheres devem se certificar de que o contraceptivo oral escolhido contenha pelo menos 50 microgramas de etinil-estradiol ou mestranol.

03 - Mulheres que usam pílula têm maior risco de câncer de mama e de útero.
Vamos por partes. O risco de
câncer de mama é praticamente o mesmo entre usuárias e não-usuárias de ACOs. Nos tumores malignos do endométrio (camada mais interna do útero) e do ovário, a pílula exerce um efeito protetor - as usuárias de ACOs apresentam metade do risco de câncer de endométrio e ovário das não-usuárias.

Entretanto, o uso de contraceptivos orais por mulheres jovens parece associar-se ao surgimento de miomas uterinos (tumores benignos) na pré-menopausa, mas são necessários outros fatores reprodutivos (a pílula não leva a culpa sozinha...).

Quanto à relação entre
câncer de cérvice uterina e uso de ACOs, parece não existir consenso - alguns estudos indicam um aumento na incidência, mas nada está definitivamente comprovado.

04 - Pílula engorda.
Ainda que o ganho de peso esteja entre as queixas mais comuns das mulheres que utilizam ACOs, estudos mostraram que isto pode não ser completamente verdadeiro. Uma pesquisa recente avaliou a variação de peso de 128 mulheres em uso de contraceptivos orais durante 4 meses e descobriu que 72% das pacientes não apresentaram qualquer alteração de peso no final do período. Assim, queixar-se de ganho de peso já não é a melhor desculpa para interromper o uso da pílula...

05 - Pílula faz mal para o cabelo.
Não existem evidências científicas comprovando este fato.

06 - A pílula me encheu de varizes.
Os ACOs possuem diversos efeitos sobre o sistema cardiovascular e é possível que estejam envolvidos de alguma forma no desenvolvimento de teleangiectasias (varizes), mas as pesquisas produziram resultados controversas até o momento.

07 - Depois que comecei a tomar a pílula, meu humor mudou.
Podem ocorrer náuseas, dor de cabeça, dor nos seios, sangramentos vaginais irregulares e depressão nos primeiros meses de uso da Pílula, mas estes efeitos colaterais freqüentemente cessam após alguns meses.

08 - A Pílula pode ser usada no tratamento da endometriose.
ACOs realmente fazem parte do tratamento não-cirúrgico desta doença. Progestinas isoladamente podem ser úteis e são a primeira escolha de muitos especialistas.

09 - Depois que comecei a tomar a pílula, não tive mais cólicas menstruais.
A
menstruação dolorosa (chamada de dismenorréia pelos médicos) é menos freqüente nas mulheres que não ovulam. Por isso, os ACOs podem ser úteis em 70-80% dos casos de dismenorréia. Quando a pílula é suspensa, as mulheres geralmente sentem a mesma intensidade de dor que apresentavam antes do seu uso.

Todavia, alguns ACOs podem estar associados à ocorrência de hipermenorréia (menstruação muito volumosa e intensa) e a falta de controle de problemas no ciclo menstrual, caracterizada principalmente por sangramentos irregulares e menstruações dolorosas, são problemas comuns enfrentados por algumas usuárias de contraceptivos orais, sendo uma das principais razões de suspensão do uso - cerca de 1/3 das mulheres em uso de ACOs apresentam sangramentos (
spottings)intermenstruais.

10 - Mulheres que tomam Pílula demoram mais para engravidar quando param.
Verdade. O retorno à fertilidade em mulheres que interromperam o uso de ACOs leva mais tempo quando comparado às mulheres que interromperam outros métodos contraceptivos, mas não parece haver prejuízo da fertilidade como um todo.

11 - Com o tempo, a Pílula ajuda a proteger os ossos.
Algumas pesquisas têm mostrado que o uso de altas doses de ACOs em mulheres após a menopausa diminui o risco de fraturas e suspeita-se que seu uso possa melhorar a densidade mineral óssea em mulheres jovens, mas faltam maiores comprovações científicas.

12 - Mulheres com doença falciforme não podem tomar Pílula.
Mulheres com drepanocitose (doença falciforme) freqüentemente não fazem uso de contraceptivos orais contendo estrogênio e progesterona, pois preocupam-se com a possibilidade dos hormônios piorarem a doença. Estudos laboratoriais não encontraram evidências comprovando este temor.

13 - Mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) não devem tomar Pílula.
Verdade. Os contraceptivos orais podem precipitar episódios de LES em mulheres portadoras desta doença.

14 - Tenho mais de 40 anos e acabei de ter minha última menstruação. Não preciso mais tomar pílula.
Perigo! Este tipo de comportamento está arriscado a ser premiado com uma gravidez indesejada. Nas mulheres que estão entrando na menopausa, recomenda-se o uso de ACOs por 12 meses após a última menstruação.

15 - A Pílula pode piorar a asma.
Mentira. As alterações nos níveis hormonais parecem ter um papel importante na gravidade da
asma nas mulheres e cerca de 30 a 40% das mulheres apresentam flutuações na gravidade das crises relacionadas ao ciclo menstrual. A crise tende a ocorrer três dias antes e durante os quatro dias da menstruação. Os anticoncepcionais orais podem ajudar estes casos, nivelando as flutuações hormonais.

Precauções e Contra-indicações no uso de Contraceptivos orais

Apresentamos abaixo uma lista de possíveis situações que devem ser consideradas e discutidas com seu médico antes de escolher um método contraceptivo.

A Pílula não é recomendada em mulheres com:

- Tromboflebite ou distúrbio tromboembólico ou história de coagulopatia.
- História de acidente vascular cerebral (derrame).
- História de doença arterial coronariana,
angina pectoris, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ouvalvulopatia cardíaca.
-
Insuficiência renal.
- Antecedentes ou suspeita de
câncer de mama ou câncer estrogênio-dependente em órgãos reprodutivos.
- Gravidez confirmada.
-
Tumor de fígado ou Hepatite aguda.

Recomenda-se acompanhamento médico regular e criterioso para as mulheres em uso de contraceptivos orais que apresentem qualquer um dos seguintes itens:

- Sejam fumantes e tenham mais de 35 anos de idade (os riscos são ainda maiores naquelas que fumam mais de 15 cigarros/dia)
-
Enxaqueca após o uso de contraceptivos orais
-
Diabetes ou Diabetes gestacional
- Cirurgia eletiva de grande porte, com ou sem previsão de imobilização prolongada
- Sangramento vaginal/uterino de origem obscura
- Drepanocitose (Anemia Falciforme)
- Mulheres na fase de aleitamento
- Doenças da
vesícula biliar ou icterícia
- Mulheres com mais de 50 anos de idade
- Doenças do coração ou rins, ou história familiar (especialmente mãe ou irmãs) de morte por doença cardíaca antes dos 50 anos de idade.
- História familal de hiperlipidemia (excesso de gordura no sangue)
- Retardamento mental, doenças psiquiátricas, alcoolismo, dependência de drogas ou qualquer outro distúrbios que dificulte a utilização regular da medicação

Métodos anticoncepcionais (contraceptivos)


A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão aumentando o número de adolescentes grávidas.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: comportamentais, de barreira, dispositivo intra-uterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos.

A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. Todavia, na
orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a necessidade da dupla proteção (contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS), mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou femininos.

A) Métodos comportamentais:

Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha): procura calcular o início e o fim do período fértil (já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é adequado para mulheres com ciclo menstrual regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período. É pouco eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo sexual) se encontra em alta.

Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.

Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de aumento, poderá usar a informação, evitando relações sexuais no período fértil.

Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher tiver alguma doença, como um simples resfriado ou virose, todo o esquema se altera, tornando impossível retomar a linha basal, ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou a febre.

Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação do período fértil pelas modificações cíclicas do muco cervical, observado no auto-exame e pela sensação por ele provocada na vagina e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento.

Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil novamente.

Esse método também exige observação sistemática e responsabilidade por parte da mulher durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. No entanto, qualquer alteração provocada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco confiável.

Coito interrompido: baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.

B) Métodos de Barreira

Estes métodos impedem a ascensão dos espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula anticoncepcional e o coito interrompido, são os métodos não definitivos mais utilizados.

Condom ou camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil acesso.

O condom masculino é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.

Uso da masculina: desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina.

A camisinha possui lado certo para desenrolar, para saber qual é o correto, basta tentar desenrolar se não der ou for muito complicado vire a pontinha para o outro lado.

Depois de retirá-la da embalagem, deve-se apertar a pontinha (dando uma leve torcidinha) para evitar que fique com ar porque, se ficar com ar, ela pode estourar com mais facilidade. Lembre-se que o pênis deve estar ereto (duro).

Segurando a ponta apertada ir desenrolando a camisinha sobre o pênis até chegar à base. Depois de desenrolar até a base evite ficar passando a mão, pois pode retirar o lubrificante e fazer com que a camisinha estoure com mais facilidade. Agora está tudo pronto para se ter uma relação sexual protegida.

A camisinha deve ficar desta forma no pênis.

Quais as chances de que a camisinha masculina falhe?

A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres em 100 podem ficar grávidas em um ano de uso.

O condom feminino constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes.

Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso. Flexionar o anel de modo que possa ser introduzido na vagina. Com os dedos indicador e médio, empurrar o máximo que puder, de modo que fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim durante a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina.

Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.

Efeitos colaterais: alergia ou irritação, que pode ser reduzida trocando a marca e tipo e com uso de lubrificantes à base de água.

Veja também:www.adolescencia.org.br

Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.

Saiba mais sobre diafragma:www.semina.com.br/ medicos.asp?opt=0&item=02

Esponjas e Espermicidas: as esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU): os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino.

Os problemas mais freqüentes durante o uso do DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica, dismenorréia (sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do risco de infecção (infecção aguda sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção do DIU). Deve ser colocado pelo médico e é necessário um controle semestral e sempre que aparecerem leucorréias (corrimentos vaginais anormais).

Mulheres que têm hemorragias muito abundantes ou cólicas fortes na menstruação, ou que tenham alguma anomalia intra-uterina, como miomas ou câncer ginecológico, infecções nas trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não podem usar o DIU. Não é aconselhado para nulíparas (mulheres que nunca engravidaram).

A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%) com risco de abortamento no 1o e 2o trimestres. A retirada do DIU pode ser feita após avaliação ultra-sonográfica, considerando os riscos para o embrião. Se a retirada não for possível por riscos de abortamento, a paciente deve ser acompanhada a intervalos curtos de tempo e orientada em relação a sangramentos vaginais e leucorréias.

Lançado recentemente no Brasil, o Mirena é um novo método endoceptivo, como oDIU. Trata-se de um dispositivo de plástico ou de metal colocado dentro do útero. É um DIU combinado com hormônios. Tem forma de T, com um reservatório que contém 52 mg de um hormônio chamado levonogestrel que age na supressão dos receptores de estriol endometrial, provocando a atrofia do endométrio e inibição da passagem do espermatozóide através da cavidade uterina.

O Mirena atua liberando uma pequena quantidade de hormônio diretamente da parede interna do útero, continuamente por cinco anos. Ele também torna o muco do cérvix (colo do útero) mais espesso, prevenindo a entrada do esperma. A dosagem é equivalente a tomar duas a três mini-pílulas por semana. A diferença do Mirena em relação aos outros dispositivos intra-uterinos é que ele evita muitos efeitos colaterais.

Vantagens:

  • A menstruação pode desaparecer completamente em algumas mulheres após poucos meses.
  • Tem duração de cinco anos.
  • Método seguro (1 a cada 1000 mulheres poderão engravidar).
  • Risco de gravidez ectópica reduzido (cerca de 2 a cada 10.000 mulheres ao ano).
  • Reduz dores menstruais.

As desvantagens são semelhantes às do DIU.

Índice de falha: 0.1%

D) Anticoncepção Hormonal

Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral (AHCO): o AHCO consiste na utilização de estrogênio associado ao progesterona, impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular.

Existem diversos tipos de pílulas. As mais comumente receitadas são:

  1. pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas têm a mesma dosagem de hormônios (estrogênio e progesterona). Começa-se a tomar no quinto dia da menstruação até a cartela acabar. Fica-se sete dias sem tomar, durante os quais sobrevém a menstruação.
  2. pílulas multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas existem pílulas com diferentes dosagens, conforme a fase do ciclo. Por isso, podem ter dosagens mais baixas, e causam menos efeitos colaterais. São tomadas como as pílulas monofásicas, mas têm cores diferentes, de acordo com a dosagem e a fase do ciclo: não podem ser tomadas fora da ordem.
  3. pílulas de baixa dosagem ou minipílulas: têm uma dosagem mais baixa e contém apenas um hormônio (geralmente progesterona); causando menos efeitos colaterais. São indicadas durante a amamentação, como uma garantia extra para a mulher. Devem ser tomadas todos os dias, sem interrupção, inclusive na menstruação.

Idealmente, a pílula só deve ser tomada depois de se fazer um exame médico completo em um ginecologista, que receitará a mais adequada para cada caso.

Desvantagens:

  • Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios, ganho de peso ou retenção de água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento na pressão sangüínea.
  • Em algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta forma, mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do fígado e do coração, hipertensão, suspeita de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem usar pílulas.
  • É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações, especificamente antibióticos interferem na ação das pílulas, tornando o controle menos efetivo.
  • Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua efetividade.
  • Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de mama.
  • Não é recomendada para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.

Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte: a anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma relação sexual desprotegida. Este método só deve ser usado nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, ruptura da caminsinha, desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. O levonorgestrel previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do blastocisto.

É importante esclarecer que essas não são pílulas de aborto e não causam aborto, e elas não ajudarão se a mulher já estiver grávida. Ela pode ajudar somente a prevenir a gravidez. Esta medida tem causado vários efeitos colaterais e não deve ser usada regularmente.

Um tablete original contém dois comprimidos. O primeiro comprimido deve ser tomado no máximo 72 horas após a ocorrência de uma relação sexual desprotegida (nunca após esse prazo). O segundo deve ser tomado 12 horas após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve ser repetida.

Nem sempre surte resultados e pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo menstrual, tontura, fragilidade dos seios, e, em casos menos comuns, diarréia, vômito e acnes.

Com efeito semelhante, podem ser utilizados quaisquer anticonceptivos hormonais orais contendo apenas progesterona ou combinados, contendo 0,25 mg de levonorgestrel e 0,05 mg de estinilestradiol (Evanor, Neovlar) ou contendo 0,15 mg de levonorgestrel e 0,03 mg de etinilestradiol (Microvlar, Nordette).

Índice de falha:

Se usada até 24 horas da relação - 5 %.

Entre 25 e 48 horas - 15 %.

Entre 49 e 72 horas - 42 %.

Injetáveis: os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais hormonais que contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração parenteral (intra-muscular ou IM), com doses hormonais de longa duração.

Consiste na administração de progesterona isolada, via parenteral (IM), com obtenção de efeito contraceptivo por períodos de 1 ou 3 meses, ou de uma associação de estrogênio e progesterona para uso parenteral (IM), mensal.

Injeção Mensal

Injeção Trimestral

Injeção mensal

Injeção Trimestral

Quais as chances de que a injeção falhe?

A taxa de falha na injeção mensal varia de 0.1% a 0.6% ou seja, de cada mil mulheres que usam durante um ano, de uma a seis engravidam. A taxa de falha da injeção trimestral é de 0,3% ou seja, de cada mil mulheres que usam durante um ano, apenas três engravidam.

A injeção pode fazer mal para a saúde?

  • Alterações do ciclo menstrual: pequeno sangramento nos intervalos entre as menstruações, sangramento prolongado, e amenorréia (ausência de menstruação)
  • Ganho de peso
  • Dor de cabeça leve
  • Vertigens

Outros métodos hormonais

IMPLANON (implante hormonal): microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que é implantado no antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três anos.

Clique na figura para ver o filme

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Imagens: www.implanon.de/patient/ tx_faq_answ.htm

Filmes: www.villarsgyn.ch/ implanon.htm

Nuvaring®: é um anel vaginal contendo Etonogestrel e Etinilestradiol que é colocado na vagina no 5º dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas.

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.

NuvaRing® pode ser colocado com a mulher deitada, agachada, ou em pé.

O anel após ser retirado da embalagem deve ser flexionado conforme visto na figura.

A mulher deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-lo mais.

NuvaRing® após colocado não é sentido pela paciente.

A colocação é no 5º dia da menstruação e deve permanecer no local por 21 dias.

Para retirar o Nuvaring® basta inserir o dedo na vagina e puxar o anel.

Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e NOVO anel deve ser utilizado por mais 21 dias.

Veja www.gineco.com.br/nuvaring.htm.

Evra® (adesivo anticoncepcional): Foi lançado no Brasil em Março de 2003 o Evra®. O Evra é um adesivo anticoncepcional que deve ser colado na pele, em diversos locais do corpo, permanecendo na posição durante uma semana.

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.

Veja onde pode ser colocado o Evra:

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais.

Veja www.gineco.com.br/evra1.htm.

E) Métodos definitivos

Laqueadura tubária e Vasectomia: a esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado na mulher através da ligadura ou corte das trompas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino e no homem, pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozóides no líquido ejaculado. Quando houver indicação de contracepção cirúrgica masculina e, principalmente, a feminina deve ser baseada em critérios rígidos, observando-se a legislação vigente.